quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

PROVÉRBIOS

Os provérbios são ditos populares (frases e expressões) que transmitem conhecimentos comuns sobre a vida. Muitos deles foram criados na antiguidade, porém estão relacionados a aspectos universais da vida, por isso são utilizados até os dias atuais. É muito comum ouvirmos provérbios em situações do cotidiano.

Lista de provérbios populares:

Ä Dai a César o que de César e a Deus o que de Deus.
Ä Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
Ä Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
Ä A pressa é a inimiga da perfeição.
Ä Cavalo dado não se olha os dentes.
Ä A ocasião faz o ladrão.
Ä Quando um não quer, dois não brigam.
Ä Antes calar que mal falar.
Ä Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
Ä Cada cabeça, cada sentença.
Ä Caiu na rede é peixe.
Ä Casa de ferreiro, espeto de pau.
Ä O seguro morreu de velho.
Ä Cada macaco no seu galho.
Ä Quem tudo quer nada tem.
Ä Devagar se vai ao longe.
Ä De grão em grão a galinha enche o papo.
Ä Errar é humano.
Ä Falar é fácil, fazer é que é difícil.

MUSICAS DA AMAZÔNIA

Sinhá pureza

Vou ensinar a sinhá pureza
A dançar o meu sirimbó
Sirimbó que remexe mexe
Sirimbó da minha vovó
Vai dançando sinhá pureza
Rebolando pode requebrar
Carimbó, sirimbó é gostoso
É gostoso em Belém do Pará
Ô lêlê ô lalá
Misturei carimbó e siriá
Carimbó sirimbó é gostoso
É gostoso em Belém do Pará

Musica: Sinhá Pureza
F:letras.terra.com.br

TACACÁ

foto: net
Ingredientes
  • 2 litros de tucupí
  • 4 dentes de alho
  • 1 colher (chá) de sal
  • 4 pimentas de cheiro
  • 2 maços de jambu
  • 1/2 kg de camarão salgado (seco)
  • 1/2 xícara (chá) de goma de mandioca
  • Pimenta de cheiro
Modo de preparo
  • Coloque em uma panela o tucupí, tempere com alho, chicória, alfavaca e sal.
  • Leve ao fogo e deixe levantar a fervura.
  • A seguir baixe o fogo, tampe a panela e deixe cozinhar por 30 minutos.
  • Cozinhe o jambu em água quente, deixe cozinhar até os talos ficarem macios, retire e escorra.
  • Reserve.
  • Retire a cabeça do camarão e deixe de molho em uma vasilha com água para retirar o sal.
  • Ferva 4 xicaras (chá) de água com sal à gosto, dissolva a goma em uma vasilha com água fria.
  • Acressente ao poucos na água fervendo, até ficar um mingau grosso, ou, ao ponto de sua preferência.
  • Sirva em uma cuia nesta sequência: duas colher de sopa de tucupí, uma concha de goma, uma concha de tucupí, algumas folhas de jambú e 5 camarões, sal e pimenta à gosto.
  • Na falta da goma de mandioca pode ser usada o povilho azedo.
Dica
  • Tucupi é um molho de cor amarela extraído da raiz da mandioca brava, que é descascada, ralada e espremida (tradicionalmente usando-se um tipiti).
  • Depois de extraído, o molho “descansa” para que o amido (goma) se separe do líqüido (tucupi).
  • Inicialmente venenoso devido à presença do ácido cianídrico, o líqüido é cozido (processo que elimina o veneno), por horas, podendo, então, ser usado como molho na culinária.
F:purangy.wordpress.com

DICIONÁRIO PAPA-XIBÉ DO BAIXO-AMAZONAS

 Afolosado ou folote – Frouxo, largo, bambo. Ex. "O parafuso não segura porque ele está cuspido e a porca está afolosada".  Bodar – É cair de porre. É o mais alto grau da bebedeira, que vem depois de "coxinga" ou "cauxinga" e "tubado". Pode ter a ver com o animal "bode", pois o cara quando fica porre, bem porre, ele fica mesmo parecido com um bode, ao menos no pixé, na catinga. Mas poderia ser comparado a um porco também, porque ele cai na terra ou em qualquer lugar. Bem, porre é tudo a mesma coisa.

Dismazelada ou desmazelada – Pessoa descuidada consigo mesma, com sua casa e com as suas coisas, desleixada, sem higiene e asseio. É a qualidade que as sogras não querem nas suas noras.

Esbandalhar – Quebrar, desfazer o que estava inteiro; é destruir uma coisa.

Espinhela – Osso externo. Por isso diz-se "espinhela caída", uma enfermidade muito comum segundo a cultura popular na Amazônia, para a qual só um benzedor pode dar jeito.

Foguento ou foguenta = Pessoa assanhada, cheia de fogo, que não pára nunca. Bem, vai parar quando "achar pro dela", como diz a velha.

 
Ispichar – Vem de espichar, esticar, abrir. Ex. "Me ajuda a ispichar essa rede aqui, prá secar"; outra: "E aí, ele ficou lá ispichado no chão".

Manerar- Ir diminuindo a velocidade, acalmar. Ex. "Aquela febre ia, ia, chega ele variava. Mas depois manerava".
  
Pikwá – Panaku grande de palha preta, improvisado para carregar mandioca, frutos, farinha, carne de caça e outros produtos da floresta. Lembra o jamanxim, muito mais bonito e trabalhado, e que é feito de ambé.

Pixé – Cheiro forte e desagradável, que pode ser provocado pelo apodrecimento da carne ou peixe.
Ex. "Esta carne já está meio pixé"; "Por que essa tua camisa está pixé?"

Serrote – Pessoa que vive pedindo as coisas dos outros, serrando.

Siririca – Linha com anzol camuflado com penas de aves para atrair o peixe.
Molongó – Pessoa fraca, mofina, preguiçosa, lenta. Ex. A avó relha com a neto, que anda muito devagar: "Anda, minino! Mais rápido, seu molongó!" A sua origem é do nome da madeira molongó, que é conhecida por ser mole, apropriado para escultura ou outras artes.


Agora, lascou-se! – É a expressão para dizer que uma situação que já estava ruim piorou ainda mais. "Agora, complicou! O cara se deu mau, se lascou".

Caxiri – Bebida de origem indígena muito comum em toda a região amazônica. Atualmente os indígenas estão revalorizando o costume nos rios Tapajós e Arapiuns. É feita de mandioca com batata doce, e pode variar um pouco de comunidade para comunidade. É mais fino do que o tarubá. Mas se bebido em exagero, deixa porre de qualquer jeito.

Desmentidura ou dismintidura – Junta machucada devido a quedas ou baques, ossos deslocados, destroncados ou batidos. Os "puxadores" é que "consertam" a dismintidura.

IMAGEM DA AMAZONIA

Foto: Arquivo Bel

PROGRAMA A HORA DO XIBÉ -

Foto: Dam Silva

Programa A Hora do Xibe  no dia 26.11.10  teve a participação de Germano da Silva Pereira
 da etinia Wapixana - do Estado de Roraima